História não oficial | Criada por uma escritora não oficial
A MAGIA DOS TEUS OLHOS
Personagens (serão adicionadas imagens à medida que aperecerem):
- Spoiler:
Anny:
Liam:
Deby:
Rita:
Raúl:
Prólogo
Anny estava quase em transe, hipnotizada pelos olhos do rapaz, ela não sabia como, mas era como se estivesse no paraíso, teve mesmo que olhar para o chão para se “libertar”.
-E… Eu sou a Anny, e tu, como te chamas? – disse ela sem tirar os olhos do chão.
Não obteve nenhuma resposta e quando olhou para a frente já não via ninguém, tinha desaparecido.
Capitulo 1
-Oh não. Estou atrasada, outra vez.
Anny é uma rapariga de 14 anos, tem o cabelo longo, em tons rosa, com uma franja, ela é magra, tímida e muito distraída.
-Tchau mãe, Tchau pai – dizia a Anny a correr em direção à porta quando…
-Anny querida… -disse a mãe com um sorrisinho na cara ao ver a atrapalhação da filha.
-Sim mãe, não vês que estou com pressa. – disse a Anny parecendo um pouco irritada.
-Acho que ir de calças de pijama para a escola não é um bom começo de dia. – disse o pai fazendo um esforço para não soltar uma gargalhada.
-Não acredito.
Anny troca de calças o mais depressa que consegue, pega numa maçã para comer pelo caminho e corre quase à velocidade da luz para a escola, para variar chega atrasada e…
-Com licença professora… - diz Anny tentando parecer adorável.
-Anny, atrasada, outra vez! Já para…
-A sala do director?
A professora só franziu o sobrolho e Anny entendeu isso como um sim. Toda a turma ria dela, se bem que já estavam habituados, apenas tentavam usar isso como um motivo para quebrar a tensão da aula.
O resto do dia passou e Anny estava com as suas amigas Deby e Rita.
-Anny, definitivamente tens que parar de chegar atrasada, breve ir à sala do director torna-se uma rotina. – disse Rita tentando parecer apreensiva.
-Eu acho que já é há muito tempo. – disse Deby com um sorriso malandro.
Mas para Anny essa era a ultima coisa que queria ouvir, estava cansada e estava preocupada em ter que dizer à mãe que levou outra falta de atraso.
A mãe da Anny já estava tão habituada que nem se irritava mais, mas…
-Mãe, não, por favor, não me podes pôr de castigo esta semana, é a semana da cultura, não há escola, e eu tinha combinado sair com a Deby e a Rita, por favor, por favor… - Anny pedia como se fosse um caso de vida ou morte.
-Está bem, mas para a próxima não te safas, vai lá, antes que eu mude de ideias.
-Não vou chegar mais atrasada à escola, tenho que me esforçar, e esforçar…
Anny dizia isto enquanto ia para o parque ao encontro das amigas, quando vai contra alguém, mesmo quando estava prestes a cair no chão este agarra-a pela cintura.
-Estás bem? Magoaste-te? – dizia o rapaz, ele tinha um bonito cabelo negro e uns olhos verdes vivo.
-Sim, desculpa, estou cada vez mais distraída. – Anny estava muito envergonhada.
-Não faz mal, ainda bem que não te magoas-te. – ele soriu
Anny estava quase em transe, hipnotizada pelos olhos verdes do rapaz, ela não sabia como, mas era como se estivesse no paraíso, teve mesmo que olhar para o chão para se “libertar”.
-E… Eu sou a Anny, e tu, como te chamas? – disse ela sem tirar os olhos do chão.
Não obteve nenhuma resposta e quando olhou para a frente já não via ninguém, tinha desaparecido.
Capitulo 2
-O que se passou? Quem era aquele rapaz? E como é que ele quase me hipnotizou de tal modo a não reparar quando ele foi embora? – De qualquer maneira não vou pensar mais nisso.
Anny estava muito confusa com tudo o que se passou naquela tarde, mas decidiu que se ia esquecer aquilo, porque já andava suficientemente distraída.
-O QUÊ? Já são estas horas?
Sim, a Anny estava atrasada, outra vez, mas desta vez chegou à sala mesmo a tempo.
Ia ter Geografia, e nessa aula ela estava sozinha porque a Deby e a Rita ficavam juntas.
-Meninos, tenho uma surpresa para vocês, um novo aluno foi transferido, apresento-vos o Liam, por favor sejam simpáticos com ele.
-Olá, sou o Liam, tenho 16 anos, sou um ano mais velho devido à transferência de escola que me fez atrasar um ano. - falava com uma voz calma como se já estivesse totalmente habituado a dizer aquilo.
Anny nem podia acreditar, era ele, o rapaz do outro dia.
-Vamos Liam, senta-te, há ali um lugar perto da Anny. – disse a professora indicando-lhe o lugar livre.
“Eu não acredito, ele vai sentar-se mesmo do meu lado, o que faço?” De repente o coração da Anny começou a bater mais forte, apesar dela não saber o porquê, afinal nem o conhecia, mas aquele mini - encontro tinha mexido com ela.
Ele apenas se sentou sem dizer uma única palavra, arrumou os seus livros no canto da mesa e copiou para o seu caderno o que estava no quadro, transmitia uma certa indiferença com a presença da Anny, o que a incomodou.
No fim da aula saiu da sala como se não se passasse nada.
“Tantos dias passaram e continuo sem dirigir uma única vez a palavra a Liam, porque será que mesmo estando tão próxima dele, todos os dias, quase a ponto de lhe sentir a respiração, porque é que mesmo assim não consigo interagir com ele!
Mas isso vai mudar, estou decidida, isto não pode continuar assim, quero descobrir o que sinto por ele, mesmo que isso me custe a minha dignidade.”
Anny estava muito optimista, será que conseguirá falar com Liam na escola no dia seguinte…
Não percam o próximo episodio…
Capitulo 3
Anny continuava decidida a falar com Liam, não tinha a certeza porquê mas algo lhe dizia que ele fazia parte do seu futuro.
Nessa manhã Anny acordou muito cedo, para grande surpresa dos pais e de todos, até ela se surpreendeu, porque acordou antes do despertador tocar, e isso só podia significar uma coisa, ela estava muito ansiosa!
Na casa do Liam
“O que fiz eu para merecer isto, não escolhi nascer assim” – Liam pensava num assunto que parecia ser muito sério!
Na escola
-O QUÊ? – Deby e Rita não pareciam acreditar no que viam, Anny estava no portão da escola antes de toda a gente!
Triiiim – a campainha da escola tocou
“É agora, vamos, eu consigo” – Anny só pensava naquilo, não tirava Liam e a futura possível conversa da cabeça!
Quando se sentaram o coração da Anny começou a bater como nunca havia batido!
- Bem, o…olá. – disse Anny com um sorriso forçado e a gaguejar.
-Sim? Precisas de alguma coisa? – disse Liam sem nem olhar para a cara de Anny.
-Desculpa, gostava de saber porque me ignoras, todos os dias estamos juntos e nunca me diriges a palavra, porquê?
-E porque haveria?
-Talvez para ser-mos amigos. – anny estava muito incomodada com a indiferença de Liam, não entendia a sua frieza!
-Já tenho amigos o suficiente, por favor podes deixar-me prestar atenção na aula?
-Bem… Claro. – Anny não sabia o que pensar dele, num dia impede-a de cair, no outro quase que a manda calar!
No caminho para casa
Um carro pára em frente de Anny apanhando-a desprevenida
-Olá boneca… - disse um dos homens do carro
-Deixem-me em paz. – Anny começava a preocupar-se.
-Oh, porquê ? Não queres dar uma volta no nosso carrinho? – disse um outro
-Deixem-me em paz ou eu grito. – Disse Anny tentando parecer ameaçadora
-Ninguem te vai ouvir.
-Ahhhhhh, socorro!
Naquele momento Liam ouve o grito de Anny, apesar de ser contra tudo o que tinha planejado, ele tinha que a salvar!
-Deixem-na em paz!
-Liam, o que estás aqui a fazer?
-Quem és tu, oh rapazito?
-Anny foge, vai, já!
-Não, mas tu não podes sozinho com eles!
Um dos bandidos tenta dar com um ramo em Anny, mas Liam corre e protege Anny levando com o ramo nas suas costas.
-Vai corre, eu fico bem.
-Mas… não te magoes!
Anny corre, mas não tem coragem para ir muito longe escondendo-se atrás de uma rocha!
Os bandidos começam a bater, a dar socos e pontapés a Liam, pondo-o a sangrar, e com uma ultima pancada de um ramo na cabeça, Liam perde a consciência.
Anny observava à distância a chorar, ela não conseguia perceber porque é que às vezes ele a ignorava e outras a protegia correndo sérios risco. “Não percebo, porquê?”
Os agressores fogem.
-Liam, acorda por favor, imploro-te. – Anny não sabia o que fazer, ela tentava desesperadamente acordar Liam.
Estavam muito longe de qualquer casa para pedir ajuda, e ela não trazia consigo o telemóvel.
O que será que irá acontecer com os dois?
Não percam o próximo episodio!
Capitulo 4
Anny estava totalmente desesperada, não sabia o que fazer, não podia sair dali porque Liam estava ferido e ela não podia deixa-lo sozinho.
-Socorro, ajudem….. – Anny so se lembrava de gritar.
-Hey, esta alguém aí?
Anny ouviu uma voz, de repente foi como se uma chama de esperança se iluminasse no seu coração.
-Sim, por favor, ajudem.
-O que se passou?
De repente um rapaz muito jovem que aparentava uns 15, 16 anos, de cabelos e olhos castanhos, apareceu a correr!
-Uns bandidos tentaram assaltar-me ou raptar-me, e o Liam defendeum, e… (Anny não parava de chorar) eles deram uma pancada na cabeça dele, e… e …
-Vamos, eu carrego-o ate perto da estrada, enquanto isso corre na minha frente e na cabine telefone mais próxima chama um táxi.
Anny estava encantada com a simpatia do tal rapaz, e não resistiu…
-Só uma coisa… - disse ela um pouco envergonhada.
-Sim?
-Como te chamas?
-Raul, agora vai!
-Sim…
Anny corre na frente de Raul e Liam, e quando eles chegam à rua o táxi já os esperava.
-Obrigado pela ajuda, se não fosses tu provavelmente ainda estaria la, a desesperar.
-Não tens de quê! Qualquer um faria o mesmo! – ele sorriu
-Mas de qualquer maneira… tenho a certeza que o Liam estará muito agredecido, assim como eu estou a ambos.
No hospital, uma hora depois
-Já acordaste?
Liam via uma imagem destorcida que com o tempo tornou-se mais nítida, e apercebeu-se que era Anny.
-O que se passou? – Liam parecia um pouco confuso
-Depois de me salvares daqueles bandidos, ele deram-te uma pancada na cabeça e desmaiaste.
-E como é que vim parar aqui?
-O Raúl trouxe-te, ele foi muito simpático. E obrigada por me defenderes, sem ti provavelmente, agora estaria bem longe.
-Não foi nada. Podias apresentar-me esse Raúl? Queria agradecer.
-Desculpa mas ele já foi embora, talvez possamos encontra-lo na escola, como parece ter a mesma idade que nós, pode andas lá!
-Tudo bem, por favor, agora deixa-me descansar.
Liam vira-se para o outro lado, e faz de conta que Anny não esta lá.
“Porquê, depois de tudo isto parece que continua igual em relação a mim, como isto me irrita.”
Continua no próximo episodio…
Capitulo 5
“Afinal parece que me enganei, o Liam não faz parte do meu futuro, vou esquece-lo, a partir de agora não vai passar de um colega da escola.”
Na escola
-Aquele parece… Raúl. – Annyy viu Raul do outro lado do pátio e foi ter com ele.
-Olá Raul.
-Ola Anny, por aqui?
-Sim, ando nesta escola. Não sabia que tu também.^
-Sim, mudei-me este ano.
-Olha, sei que já disse isso muitas vezes, mas obrigada por aquilo!
-De nada! – Raúl sorriu. – Então, como é que está o Liam?
-Não sei, não falei mais com ele desde aquele dia no hospital.
Triiim
-Vamos, eu acompanho-te á tua sala.
Ok, Obrigada. – disse Anny
No fim das aulas
-Hey Anny.
Anny ouviu uma voz e virou-se, era Raúl.
-Olá Raúl.
-Ola, não pareces muito contente, o que se passou?
-É uma história um bocadinho longa, e eu tenho que voltar para casa.
-E se eu te acompanhasse no caminho para casa, assim podias desabafar.
-Sabes sempre fazer com que me sinta melhor.
Anny conta a Raúl tudo o que se tem passado com ela e Liam, incluindo que primeiro achava que gostava dele, mas agora não o queria ver nem pintado de ouro.
-Bem, parece que andas muito stressada, hmm, queres sair amanhã? Ouvi dizer que vai abrir um parque de diversões no centro da cidade.
-Acho que é uma óptima ideia, e não há aulas, obrigada mais uma vez.
-De nada.
Raúl dá um pequeno e suave beijo na bochecha de Anny, e com um pequeno sorriso vai embora.
-Uau, ele é maravilhoso.
No dia seguinte
-Anny, Anny, aqui.
-Olá Raul, deculpa o atraso. – disse Anny um bocado embaraçada
-Não há problema. Estás muito bonita.
-O…Obrigada. – Anny fica corada
-Por onde queres começar? Aqui há muito por onde escolher. Podemos ir à montanha-russa.
-Bem, eu tenho um bocadinho de medo das alturas. – Anny estava muito envergonhada.
-Não te procupe eu protejo-te.
“Oh, não posso recusar, aquele sorriso presegue-me, ele é 1000 vezes melhor que o Liam. NÂO tenho que parar de pensar nele.”
-Bem, se é assim, vamos.
Quando estão na montanha-russa Anny diz a Raúl que está com medo, e ele agarra a sua mão.
Eles foram andar em mais algumas diversões até…
-Anny já so temos tempo para andar em mais uma diversão, e a que falta é…
-…a roda gigante. Assim é que eu não aguento mesmo.
-Ah mas nós vamos. É a melhor parte!
-Bem, mas eu vou gritar muito, por isso prepara-te.
-Está bem, vamos lá.
Quando estão no ponto mais alto a Roda Gigante pára e Anny segura-se no braço de Liam. Este põe o seu braço em volta dos braços de Anny. Ela começa a ficar muito nervosa, o seu coração começa a bater muito depressa e quando a Roda Gigante faz um barulho, a Anny abraça-se literalmente a Raúl.
-Eu disse que me assustava.
Raúl não consegui dizer nada, apenas começavam ambos a aproximar os rostos até que os dois se beijam.
- Desculpa não era minha intensão. – Raúl parecia muito envergonhado.
-Não faz mal, eu também não te impedi, e eu… ahm… eu gosto de ti.
-Eu… eu também.
Quando a roda-gigante parou Anny e Raúl saíram os dois de mãos dadas, super contentes.
-Agora tenho que ir para casa, já é tarde.
-Eu levo-te, e trouxe o meu veículo.
-Veiculo? – Anny estava espantada, ele não tinha idade para conduzir.
Raúl mostra a Anny uma bicicleta de dois lugares, e foi nela que ele levou Anny para casa.
Em casa da Anny
-Bem, então até amanhã. – Anny vai a andar para a entrada.
-É só isso, não tenho direito a mais nada?
-Claro que tens. – Anny chega-se perto de Raul e dá-lhe um beijo na bochecha, sorri-lhe e ele retribui, e depois vai para casa.
-Uau, ela sabe deixar um rapaz maluco!
Continua no próximo episodio…
Capitulo 6
Estava um dia gelado, nevava muito, e a escola tinha sido cancelada!
-Porque é que andas assim, tão aborrecido? Há algum tempo que não falas abertamente, não dizes nada! – era uma rapariga muito alta, com um cabelo longo, meio arrojado e uns olhos azuis.
-O que é que te interessa, nunca te importas-te com as minhas coisas não é, Lucy? – disse Liam com um ar frio.
-Claro que me importo, e queria saber o que se passa, maninho.
-O que é que queres saber, sou um rapaz que tem que viver com a sua irmã mais velha porque os nossos pais morreram num acidente de carro provocado por pessoas que não sofreram qualquer consequência. – respira fundo.
-Isso nunca te afectou desta vez é diferente, não é? – pergunta Lucy intrigada.
-Não, não é! Deixa-me em paz.
-Tudo bem, mas eu estou aqui para te ouvir, sabes que o ano lectivo está a meio, e quando acabar vamos partir novamente, e…
-E o quê? – Liam estava zangado, e stressado, mas Lucy não sabia bem porquê.
-Eu não sei se vamos poder ficar até ao fim do ano aqui, apareceu mais um trabalho, mas desta vez é bem mais longe, noutro país. – Lucy estava um pouco triste.
-Eu já sabia, não posso fazer amigos, nem gostar de alguém porque já sei que no dia seguinte tenho que ir embora, Eu Não Acredito. – Liam falava aos gritos, apetecia-lhe partir tudo.
-Eu ainda não tenho certeza, mas de qualquer maneira no fim do ano vamos de certeza absoluta.
-Pois, vou ter que abandonar os meus amigos, mais uma vez.
Liam vai para o seu quarto e bate a porta com muita força, como se fosse partir tudo.
“Será que se eu lhe disser o que se passa ela me vai perdoar por tudo o que a fiz passar, tenho que tentar, mas não é hoje” – Liam estava a pensar em Anny.
Passou o dia frio e gelado, e quando começou um outro o sol fugia das nuvens derretendo aos poucos a pouca neve que restava.
-Ai, que lindo dia para passear com o Raúl, estou tão feliz. – Anny cantava, mas não era bem por felicidade, era mais para disfarçar, ela tentava e tentava mas não conseguia tirar Liam da sua cabeça, pensava nele, ao mesmo tempo que pensava em Raúl, ela tinha tudo para ser feliz, mas algo não estava bem.
-Vou sair. – diz Liam para Lucy, como se não interessasse o que ela fosse dizer.
-Está bem, leva a chave porque é provável que eu não esteja em casa. – responde enquanto olhava para uns papéis.
-Onde vais? – pergunta Liam intrigado.
-Fazemos um negócio. Não me dizes onde vais e eu faço o mesmo.
Liam concorda, enquanto mete uma torrada à boca.
Liam estava a chegar a casa de Anny quando viu um rapaz a tocar à campainha, ele para ver o que se passava esconde-se atrás de um arbusto. Ele vê Anny lindíssima, bem vestida, a dar um beijo ao rapaz na boca, ele não queria acreditar, afinal tinha-se enganado a respeito dela.
“Ela não gostava de mim como eu pensava, afinal não vai ser assim tão mau ir embora.”
Anny preparava-se para sair pelos portões quando viu Liam a correr no lado oposto da rua, ficou pensativa de maneira que o Raul teve que a chamar.
Desta vez o nosso casal (Anny e Raul) foram passar a tarde a um café onde iam estar mais uns amigos da turma do Raúl, ela estava um bocadinho nervosa, conhecer os amigos do namorado é um passo importante.
Anny adorou todos os amigos do Raul eram todos boas pessoas, que mal a viram rodearam-na e paparicaram-na como se fossem amigos de longa data.
-Uma amiga do Raul é minha amiga. – dizia um
-Para mim também. – dizia outro rapaz.
-Obrigada a todos, também gostei muito de vos conhecer a todos. – Anny sorria e pela primeira vez em muito tempo esqueceu Liam.
“Este chega aqui e acha-se dona de tudo.” – pensava uma rapariga que virou costas e foi embora mais cedo que os restantes.
-Já vais Lucy? – perguntava Raul
-Já, não me estou a sentir muito bem! – forçava um sorriso
Raul nem ouviu a resposta, já estava abraçado a Anny enquanto conversava com os colegas.
Anny já estava em casa a pensar no dia maravilhoso que tinha passado.
“O Raul é o rapaz mais fabuloso do mundo, mas, como estará o Liam, porque é que ele saiu a correr no outro dia, de qualquer maneira ele é que me ignorou, e … e agora anda a espiar-me?”
Anny depois de pensar nisto durante 10 minutos, acabou por tentar esquecer e foi para o computador passar o tempo.
-Já cheguei, Liam, estás em casa? – perguntava Lucy, enquanto pousava a sua mala e os óculos de sol na mesa da entrada.
Liam descia as escadas de cabeça baixa, enquanto se apoiava no corrimão.
-Lu..lucy, ajuda-me. – depois de dizer isto, Liam cai ao longo das escadas longas daquela casa antiga, ficando incosciente.
-Oh não, Liam, Liam, fala comigo, LIAM!
No hospital
-Doutor, o que se passou com o Liam? Como é que ele está? É muito grave? Por favor. – Lucy derramava lágrimas.
-Calma menina, tenho boas e más noticias.
-Por favor doutor. – Lucy chorava cada vez mais.
-A boa noticia é que descobrimos o problema dele, e a má noticia é que o Liam, ele consumiu drogas.
Lucy ficou sem reacção, começou sentir tonturas e dificuldade para se manter de pe, e teve que se sentar na cadeira que estava mesmo atrás de si.
-Não, não pode ser, outra vez não! – ela pega no telemóvel e procurava desesperadamente um numero de alguém com quem pudesse desabafar, ate que parou no nome Raul – “neste momento só tu me podes ajudar”.
-Estou? Lucy, o que se passou? LUCY?– Raul ouvia Lucy a chorar.
-Raul, o Liam está no hospital?
-No hospital? Como?
-Ele consumiu drogas, eu não percebo ele tinha-se deixado dessas loucuras, para ele fazer isso passou-se algo muito grave.
-Acalma-te, eu vou já para aí, só tenho de fazer um telefonema primeiro.
-Não precisas de cancelar os encontros com a tua namorada por causa dele, ele tem-me a mim.
-Não sejas tola, eu sei estabelecer as minhas prioridades, e neste momento em primeiro estás tu e o teu irmão. – Raul desliga o telemóvel e marca o numero da Anny rapidamente.
-Estou? Raul, então o que se passou? – dizia Anny sem tirar os olhos do computador.
-Desculpa mas não posso ir ao jantar esta noite, a Lucy, sabes? Aquela rapariga que foi mais cedo embora hoje à tarde.
-Sim, já me lembro, mas o que tem?
-O irmão dela, Liam, está no hospital, - Anny deixou de prestar atenção ao que Raul estava a dizer, enquando que o jogo que estava a jogar dizia “Game Over”- alguma coisa o perturbou e ele, ele consumiu drogas, ele já teve um problema com drogas à uns anos atrás na altura que os pais morreram, mas prometeu nunca mais o fazer, -só a partir daqui é que Anny continuou a ouvir - Desculpa não sei porque te estou a contar isto, mas perdoa-me por não poder ir.
-Ah, Não faz mal, não tens culpa, ate amanhã!
-Até amanhã!
“O Liam está no hospital, mas o que será que o levou a fazer aquilo? Será que foi? Não, não pode ser.”
Anny veste um casaco à pressa e corre para a rua, começa a correr para todas as direcções que consegue.
-Onde estou eu?
No hospital
-Menina Lucy, já pode falar com o seu irmão.
-Muito obrigada doutor.
-Olá, Lucy. – Liam falava a tentar sorrir – olha, desculpa, eu…
-Shiuu, não fales, não precisas de dar explicação alguma, eu imagino qual será a fonte do teu sofrimento actualmente. Felizmente como és menor de idade não vais ser preso, apenas eu vou ter que pagar uma multa altíssima e ficas em liberdade.
-Lucy, desculpa. – Lágrimas escorriam dos seus olhos. – eu não queria que nada disto se passasse.
-Peço desculpa para interromper, mas menina Lucy, está aqui alguém que quer falar consigo.
-Sim, pode mandar entrar por favor.
-Posso?
-Raul claro, obrigada por vires.
-O que é que ele esta a fazer aqui?
-Como assim Liam, eu pensava que ias ficar contente. Afinal desde aquele dia que ele te salvou tu e ele ficaram grandes amigos.
-Lucy podias deixar-nos a sós? – pediu Raul
-Claro, Liam os médicos disseram que vais ter que estar aqui pelo menos mais dois dias, por isso vou buscar-te umas roupas a casa.
-Tudo bem.
-Liam eu acho que precisamos de falar.
-Eu também.
Continua no próximo episodio…